quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Conto: A lenda da redação que circula nas cidades

Conto: A Lenda da redação que circula pelas cidades
(Alexandre Iglesias)

Marco era o cara! Falava como uma águia e seduzia apenas pelo olhar.
O mistério se estendia em lendas curiosas.
Muitos diziam tratar-se de um extraterrestre e que este se encontrava na Terra por mais de dois mil anos.
Seu lado cultural de fato era bem vivido e presente e isto gerava um grande desequilíbrio com os simples mortais da vizinhança.
Havia morado em sete países diferentes e o costume misturado o tornava um cara exótico.
Dormia de dia e saia à noite como um morcego a procura de sua presa.
Sempre sozinho andava pelas ruas e cortava qualquer tipo de Aproximação de quem ele não queria ter o contato direto.
Antes mesmo de chegar a nossa pacata cidade, já era tema de comentários 24 hs no local.
Estava conosco a apenas sete dias e sua residência era longínqua e se parecia com uma caverna.
Sons e gritos eram ouvidos e ao mesmo tempo em nada compreendidos.
Suspeitávamos de monstros e logo tudo se espalhou;
Marcos é um monstro! Marcos é um monstro!
Palavra forte e triste de quem pouco se sabe do ser.
O chefe nos chamou e logo ordenou: - Pesquise sobre Marcos antes de descrevê-lo como tal.
Em um tom bem crescente e com medo lá fui eu: - Vamos pessoal! È hora de começar a nossa jornada e não adianta a tal piada! Pois o chefe esta brabo.
Olhamos para trás e Marcos estava a uns dez metros de nós sentado na cadeira e com certeza pensando na morte da bizerra.
O sinal tocou e tudo mudou!
Na verdade Marcos era sim o tal! Mas, para lá de legal!
A todos enfim Marcos conheceu e em nada atrapalhou ele ser um aluno classificado pelo doutor como especial.
Porém devo relatar bem contente. Tudo clareou na minha mente! Então olhei para a professora e pedi minha redação. Não podia descrever o Marcos com minha doida imaginação.
O tema era: Fale sobre o seu dia na escola e precisávamos escolher um amigo e descrever a nossa experiência sobre ele.
Havia escrito loucuras em contos nada normais, mas com o intuito de mostrar a lição.
Precisava passar que somos todos iguais e bem reais. O Marcos sou eu? Ou é você? Não talvez ele? Bom! Quem sabe!
Isto de fato não importa, pois o que devemos fazer é olhar para o cara lá de trás e dizer: - Bem vindo Marcos! Seja nosso amigo!
A lenda se espalhou pelas cidades e mil monstros foram mortos, pois a amizade é eterna, assim como a corrente do bem. O velhinho está ai? E o mocinho também?
Quem será o próximo Marcos ao qual você fará o bem? Fazer o bem sem olhar aquém!
O menino encerrava a sua redação e assim ela se espalhava pelo mundo chegando na casa de vários Marcos.
Autor: Escritor Alexandre Iglesias

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